A startup de gestão de dados Instabase anunciou ter levantado um financiamento de US$ 100 milhões em uma rodada Série D liderada pela Qatar Investment Authority, avaliando a empresa em US$ 1,24 bilhão. A plataforma da Instabase auxilia empresas a processar dados não estruturados, automatizando a extração e padronização de informações de documentos como PDFs, arquivos multimídia e notas manuscritas. A empresa planeja utilizar os recursos para aprimorar suas funcionalidades de extração de dados, análise e busca.
A startup Instabase, especializada em gestão de dados não estruturados, anunciou nesta semana que arrecadou US$ 100 milhões em uma rodada de financiamento Série D.
A Qatar Investment Authority liderou o investimento, com participação dos investidores existentes Greylock Partners, NEA, Andreessen Horowitz e Index Ventures.
Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, o novo aporte avalia a Instabase em US$ 1,24 bilhão, uma redução em relação à avaliação anterior de US$ 2 bilhões em 2023.
Fundada em São Francisco, a Instabase desenvolveu uma plataforma que permite às empresas processar dados não estruturados — informações que não estão organizadas em formatos predefinidos, como tabelas.
Isso inclui a extração e padronização de dados a partir de arquivos empresariais, tornando-os acessíveis para outras aplicações.
Ao automatizar esse processo, a plataforma busca economizar tempo dos funcionários e reduzir erros de entrada de dados.
A Instabase é capaz de ingerir dados de diversas fontes, como PDFs, arquivos multimídia (como apresentações de slides) e até mesmo cópias digitalizadas de notas manuscritas.
Se um registro contiver múltiplos documentos, a plataforma os separa para facilitar o processamento.
Além disso, suporta mais de 160 idiomas e pode lidar com documentos com milhares de páginas.
Os usuários podem especificar quais pontos de dados desejam extrair de um arquivo utilizando comandos em linguagem natural.
Por exemplo, um profissional pode instruir a Instabase a salvar os preços dos produtos listados em um recibo.
A plataforma também pode modificar os dados extraídos se necessário, como arredondar valores para o número inteiro mais próximo.
Antes de extrair o conteúdo de um arquivo, a Instabase realiza uma varredura em busca de erros.
A plataforma pode verificar planilhas contábeis para identificar cálculos possivelmente incorretos e detectar outros tipos de falhas.
Há também uma ferramenta que permite aos funcionários validar manualmente pontos de dados comparando-os com o documento de origem.
Após a ingestão dos registros, a Instabase pode organizá-los automaticamente em um formato especificado pelo usuário.
Em seguida, os dados ficam disponíveis para outros sistemas via API (Interface de Programação de Aplicações).
Além de suas funcionalidades principais de extração de dados, a Instabase oferece um chatbot que permite aos funcionários interagir com os registros empresariais por meio de comandos.
Um usuário poderia, por exemplo, solicitar ao chatbot que analise os relatórios de lucros da empresa e calcule a taxa de crescimento anual composta dos últimos cinco anos.
A Instabase exibe uma explicação passo a passo de como realiza os cálculos, auxiliando os usuários na validação dos resultados.
Para necessidades mais avançadas, os clientes podem criar seus próprios chatbots.
Um varejista, por exemplo, poderia desenvolver um chatbot que responda a perguntas comuns sobre produtos com base nas informações de sua base de conhecimento.
“O avanço na era da IA exige que as empresas aproveitem e aprendam com os dados não estruturados presentes em todas as organizações”, disse Anant Bhardwaj, fundador e CEO da Instabase.
A empresa planeja utilizar os recursos da nova rodada de financiamento para aprimorar suas funcionalidades de extração, análise e busca de dados.