A União Europeia firmou um acordo de €10,6 bilhões para lançar cerca de 300 satélites até 2030, consolidando o projeto Iris². A iniciativa busca fortalecer a soberania digital europeia, oferecendo comunicação segura para governos e competindo com serviços como o Starlink de Elon Musk. O consórcio SpaceRise, que inclui a gigante francesa Eutelsat e a europeia OneWeb, foi selecionado para liderar o projeto, que será financiado em 61% com recursos públicos.
A União Europeia anunciou um investimento de €10,6 bilhões para lançar quase 300 satélites em órbitas baixa e média da Terra até 2030.
O objetivo é estabelecer uma constelação de satélites que fornecerá internet de alta velocidade, competindo diretamente com o Starlink, de Elon Musk.
Este ambicioso projeto, denominado Iris² (Infraestrutura para Resiliência, Interconectividade e Segurança por Satélite), visa fortalecer a soberania digital do bloco europeu.
Ao garantir comunicações seguras para governos e instituições, a UE busca reduzir a dependência de fornecedores estrangeiros e potencialmente vulneráveis a influências externas.
Originalmente anunciado em 2022, o Iris² enfrentou um processo de negociação complexo que elevou seu custo inicial de €6 bilhões para €10,6 bilhões, um aumento de 76%.
Do total, 61% será financiado com recursos públicos, enquanto o restante virá de parcerias privadas.
O consórcio industrial SpaceRise foi selecionado em outubro para liderar a iniciativa.
Entre as empresas envolvidas estão a francesa Eutelsat, uma das gigantes do setor de satélites, que em 2022 se fundiu com a rival europeia OneWeb.
Essa união fortalece a posição da Europa no cenário global de comunicações espaciais.
Enquanto isso, o Starlink já possui cerca de 6.000 satélites em órbita e ultrapassou a marca de 4 milhões de assinantes.
A empresa de Musk estabeleceu acordos com grandes entidades, como a Royal Caribbean e a United Airlines, expandindo sua influência em diversos setores.
O avanço do Iris² representa uma estratégia da União Europeia para competir nesse mercado em rápida expansão.
Ao investir em sua própria infraestrutura espacial, a UE não apenas busca garantir segurança e eficiência nas comunicações, mas também estimular o desenvolvimento tecnológico e a inovação dentro do bloco.
Com o lançamento previsto dos satélites até 2030, os próximos anos serão decisivos para acompanhar como a União Europeia consolidará esse projeto e quais serão os impactos reais no mercado global de comunicações por satélite.