A Netflix, conhecida por sua cultura corporativa inovadora e benefícios generosos aos funcionários, tem ajustado suas políticas internas para reduzir custos.
Nos bastidores, a empresa tem revisto benefícios como a política de licenças parentais, remunerações e distribuição de brindes corporativos.
De acordo com informações do Wall Street Journal, a Netflix tem desencorajado os funcionários a usufruírem do período total de um ano de licença parental ilimitada, benefício antes amplamente promovido.
Comunicações internas indicam que a empresa não planejava que os empregados considerassem um ano como ponto de partida para a licença, mas que ajustassem o tempo conforme suas necessidades individuais.
Atualmente, é compreendido entre os funcionários que tirar mais de seis meses de licença parental pode não ser uma decisão favorável para a carreira.
Dados fornecidos pela Netflix mostram que, nos últimos quatro anos, os funcionários nos Estados Unidos têm tirado, em média, 6,3 meses de licença parental, enquanto funcionários em outros países alcançaram uma média de 7,5 meses.
Além das mudanças na licença parental, a Netflix estabeleceu um limite anual de US$ 300 para a aquisição de itens de merchandising da empresa, como canecas e moletons.
Em relação às remunerações, gestores foram orientados a evitar salários muito acima do mercado, mantendo-os entre 50% e 95% em comparação com pares similares.
Essas medidas fazem parte de um ajuste na cultura organizacional da Netflix, que atualizou seu conhecido memorando de cultura em junho, removendo a seção “liberdade e responsabilidade” e adicionando “pessoas acima de processos”.
O co-CEO Ted Sarandos mencionou que essas mudanças refletem o crescimento da empresa, que agora conta com cerca de 14 mil funcionários, e a necessidade de adaptar sua cultura ao novo contexto.
Essas ações ocorrem em um momento em que a Netflix enfrenta pressões do mercado financeiro e busca se adaptar a desafios como o combate ao compartilhamento de senhas, estratégia adotada para impulsionar os números de assinaturas.
A tendência de rever benefícios e otimizar custos não é exclusiva da Netflix; outras gigantes da tecnologia também têm seguido esse caminho.
Empresas como Meta e Google têm implementado medidas para reduzir gastos, seja restringindo benefícios alimentícios ou ajustando horários de serviços oferecidos aos funcionários.