Empresas brasileiras de software e a nova era da inteligência artificial

Este artigo explora a transformação fundamental das arquiteturas de computação impulsionada pela Inteligência Artificial, destacando oportunidades na nuvem, no ambiente empresarial e na robótica. Discute-se a adoção inicial da IA pelos provedores de nuvem, os desafios e o crescimento projetado das implementações em empresas, além da aplicação da IA em robôs tanto de propósito único quanto humanoides. Uma nova metodologia de previsão baseada nos conceitos de Volume, Valor e Velocidade é apresentada para entender a evolução dos mercados disruptivos. O artigo enfatiza a importância de acompanhar as tendências em IA e considerar estratégias de investimento em infraestrutura.

As arquiteturas de computação estão passando por uma transformação fundamental.

Estamos migrando de um mundo onde criamos, armazenamos e recuperamos dados para melhorar nossas decisões, para um universo que gera conteúdo a partir do conhecimento, utilizando tokens como nova unidade de valor.



Cada parte da pilha de computação está mudando: desde o hardware até as ferramentas de desenvolvimento e aplicações.

A adoção pelo consumidor lidera a curva de inovação, com alto volume e velocidade acelerada, resultando em custos menores e eventual adoção em aplicações empresariais.

Para realizar esse trabalho na infraestrutura de data centers atual, seria dez vezes mais caro, tendência que pode chegar a cem vezes até o final da década.

Nesse contexto, Jensen Huang, CEO da Nvidia, destacou três vetores de oportunidade em Inteligência Artificial (IA): IA na nuvem, IA nas empresas e IA no mundo real.

Uma nova metodologia de previsão, desenvolvida por David Floyer, busca compreender como mercados disruptivos evoluem.

As incertezas do mercado têm suavizado as expectativas de gastos em tecnologia da informação (TI).

Dados recentes indicam que os tomadores de decisão em TI estão reduzindo suas projeções de gastos para 3,4% no ano, abaixo dos 5,3% previstos anteriormente.

Apesar disso, o investimento em IA permanece uma prioridade.

A maioria dos tomadores de decisão pretende manter ou acelerar os investimentos em IA para se manter competitiva.

A adoção inicial da IA está sendo dominada pelas grandes provedoras de nuvem, graças à sua capacidade de fornecer infraestrutura em larga escala e equipes especializadas.

Entretanto, as implementações de IA em ambientes empresariais estão crescendo, ainda que lentamente, enfrentando desafios como a gravidade dos dados e a falta de infraestrutura específica para IA.

A aplicação da IA em robótica é uma das fronteiras mais atraentes, com potencial para transformar setores inteiros.

Robôs de propósito único, utilizados em fábricas e armazéns, demonstram valor significativo ao automatizar tarefas específicas.

A adoção de robôs humanoides enfrenta curvas de adoção mais complexas, devido às interações imprevisíveis com o ambiente e seres humanos.

Uma nova abordagem de previsão utiliza os conceitos de Volume, Valor e Velocidade (3Vs) para avaliar oportunidades em IA.

O volume refere-se ao aumento de escala que reduz custos.

O valor está relacionado aos benefícios percebidos que aumentam a demanda.

A velocidade considera a facilidade de implantação e o uso frequente que aceleram a adoção.

Observa-se que o ambiente de nuvem domina a adoção inicial de IA, enquanto as implementações on-premises em empresas crescerão de forma mais acentuada nos próximos anos.

Eventos como a conferência GTC da Nvidia destacam a contínua evolução das tecnologias de IA e seu impacto em todos os aspectos da computação.

É fundamental acompanhar de perto as tendências em IA, especialmente no que diz respeito a políticas públicas, investimentos em infraestrutura e avanços em robótica.

As organizações devem avaliar como a IA pode ser aplicada aos dados que residem em seus ambientes, considerando investimentos em infraestrutura ou aguardando por soluções mais maduras.

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