A Databricks, empresa especializada em soluções de análise de dados e inteligência artificial, realizou uma captação recorde de US$10 bilhões, elevando sua avaliação de mercado para US$62 bilhões. Investidores como a Insight Partners demonstraram grande interesse, destacando a relevância da empresa no cenário atual de dados e IA. Apesar de conselhos contrários, o CEO Ali Ghodsi decidiu entrar no mercado de data warehousing, posicionando a Databricks como uma forte concorrente e atendendo à crescente demanda por dados de qualidade para modelos de linguagem avançados.
A Databricks, empresa fundada em 2013 e especializada em soluções de análise de dados e inteligência artificial, concluiu uma captação de investimentos no valor de US$10 bilhões.
Esse investimento elevou a avaliação da empresa para impressionantes US$62 bilhões.
Esse feito supera a captação anterior do OpenAI, que havia arrecadado US$6,6 bilhões em outubro, estabelecendo um novo recorde no setor.
O grande interesse dos investidores levou a um rápido aumento no valor e alocação da rodada de investimentos em poucos dias.
George Mathew, diretor-gerente da Insight Partners, destacou a alta demanda institucional por empresas visionárias como a Databricks.
A Insight Partners, juntamente com a Thrive Capital e outros quatro investidores, liderou essa rodada.
A maioria desses investidores já possuía participação na empresa, demonstrando confiança contínua em seu crescimento e potencial.
Para assegurar sua posição como co-líder na rodada, a Insight Partners utilizou fundos destinados a ações públicas, evidenciando sua determinação em participar do investimento.
Parte significativa dos US$10 bilhões veio de uma oferta secundária, permitindo que funcionários e investidores atuais vendessem suas ações.
A Databricks descreveu esse montante como “não dilutivo”, indicando que grande parte dos recursos não resultou na emissão de novas ações.
Originalmente conhecida por desenvolver o Apache Spark, uma ferramenta vital para a análise rápida de grandes volumes de dados, a Databricks enfrentou desafios com a evolução do mercado em direção à computação em nuvem.
O CEO Ali Ghodsi buscou orientação sobre a entrada no mercado de data warehousing, que envolve o armazenamento e gerenciamento de grandes quantidades de dados para análise.
Embora tenha recebido conselhos desencorajando essa direção, Ghodsi decidiu prosseguir e, no final de 2020, lançou o Databricks SQL.
Essa iniciativa posicionou a empresa como uma concorrente significativa da Snowflake e de soluções oferecidas por gigantes da nuvem como a Amazon Web Services.
Com o surgimento dos modelos de linguagem de grande porte (LLMs), que exigem vastas quantidades de dados de alta qualidade, a Databricks tornou-se essencial para empresas que buscam aproveitar esses avanços em inteligência artificial.
George Mathew enfatizou que a Databricks está bem posicionada para fornecer os dados necessários para o treinamento e operação desses modelos.
A empresa anunciou que, até o final do quarto trimestre fiscal, atingirá uma taxa de receita anual de US$3 bilhões.
Desse total, o Databricks SQL representará uma taxa de US$600 milhões, indicando um crescimento de 150% em relação ao ano anterior.
Esses resultados refletem a crescente importância da Databricks no ecossistema de dados e inteligência artificial.
A estratégia de Ali Ghodsi de entrar no mercado de data warehousing mostrou-se acertada, fortalecendo a posição da empresa e atraindo investimentos substanciais.
A trajetória da Databricks demonstra como decisões estratégicas, mesmo contrárias a conselhos externos, podem levar ao sucesso em um mercado altamente competitivo.