A inteligência artificial está redefinindo o mundo dos negócios de maneiras que antes pareciam ficção científica.
A Microsoft anunciou recentemente uma nova leva de agentes autônomos de IA que prometem escalar equipes como nunca antes.
Imagine ter um funcionário virtual que lida com tarefas repetitivas, permitindo que sua equipe se concentre no que realmente importa.
Empresas como a Lumen Technologies já estão colhendo os frutos dessa inovação, projetando uma economia anual de 50 milhões de dólares graças ao suporte do Microsoft 365 Copilot para seus associados de vendas.
Isso não é apenas um número impressionante; é uma demonstração concreta de como a IA pode impulsionar resultados de negócios.
A Honeywell, gigante no setor industrial, equaciona seus ganhos de produtividade à adição de 187 funcionários em tempo integral.
Enquanto isso, a Finastra, empresa líder em soluções financeiras, está reduzindo o tempo de produção criativa de sete meses para apenas sete semanas.
Esses exemplos evidenciam que não estamos falando de promessas futuras, mas de benefícios reais e mensuráveis acontecendo agora.
Mas o que torna esses agentes autônomos tão especiais?
A resposta está no Copilot Studio da Microsoft, que em breve estará em prévia pública.
Essa ferramenta permite que empresas criem seus próprios agentes de IA de forma fácil, sem a necessidade de conhecimento em programação.
Pense nos agentes como os novos aplicativos de um mundo movido por IA.
Eles podem executar desde tarefas simples até processos de negócios complexos, atuando em nome de indivíduos, equipes ou funções inteiras.
Grandes organizações já estão explorando esse potencial.
A McKinsey & Company, renomada consultoria global, está desenvolvendo um agente que acelera o processo de integração de clientes, reduzindo o tempo de espera em 90% e o trabalho administrativo em 30%.
Já a Pets at Home, líder em cuidados com animais de estimação no Reino Unido, criou um agente para sua equipe de proteção de lucros, resultando em economias anuais de sete dígitos.
E a Thomson Reuters está usando agentes para acelerar fluxos de trabalho jurídicos, com algumas tarefas sendo concluídas em metade do tempo.
Essas iniciativas mostram que os agentes autônomos não são apenas uma tendência, mas uma realidade que está transformando diversos setores.
A Microsoft também está introduzindo dez novos agentes autônomos no Dynamics 365, voltados para equipes de vendas, serviço, finanças e cadeia de suprimentos.
Por exemplo, o Agente de Qualificação de Vendas permite que vendedores foquem nas oportunidades de maior prioridade, enquanto o agente lida com a pesquisa de leads e comunicação inicial.
O Agente de Comunicações com Fornecedores otimiza a cadeia de suprimentos, rastreando automaticamente o desempenho dos fornecedores e respondendo a atrasos.
E os agentes de Intenção do Cliente e Gestão do Conhecimento do Cliente estão revolucionando o atendimento ao cliente, aprendendo com interações anteriores e escalando as melhores práticas.
Claro, com a crescente adoção de agentes de IA, a segurança e a governança de dados tornam-se ainda mais críticas.
A Microsoft enfatiza que seus agentes seguem compromissos rígidos de segurança, privacidade e IA responsável.
Os dados utilizados pelos agentes aderem a medidas rigorosas de segurança, incluindo prevenção de perda de dados e protocolos robustos de autenticação.
Mas e quanto ao impacto no emprego?
Alguns temem que a IA possa substituir trabalhadores humanos.
No entanto, executivos da Microsoft, como Charles Lamanna, acreditam que os agentes eliminarão aspectos “mundanos e monótonos” do trabalho, permitindo que os profissionais se concentrem em tarefas mais estratégicas.
Essa é a verdadeira promessa da IA: não substituir, mas potencializar o talento humano.
É claro que desafios existem.
Especialistas como Andrew Rogoyski, do Instituto de IA Centrada nas Pessoas da Universidade de Surrey, apontam que ainda não entregamos um agente tão capaz quanto um trabalhador humano.
Mas os avanços são rápidos, e a adoção crescente sugere que estamos no caminho certo.
A Microsoft está dando um passo significativo ao disponibilizar o Copilot Studio para que mais empresas possam criar seus próprios agentes.
Para o setor de software, especialmente no Brasil, isso representa uma oportunidade enorme.
Empresas podem inovar em seus processos, ganhar eficiência e competir em um cenário global cada vez mais tecnológico.
Em resumo, os agentes autônomos de IA estão mais acessíveis do que nunca, e os benefícios são tangíveis.
É hora de as empresas brasileiras olharem para essa tendência não como um luxo, mas como uma necessidade para se manterem relevantes e competitivas.