A startup Spines está inovando no mercado editorial ao utilizar inteligência artificial para agilizar o processo de publicação de livros. A plataforma oferece serviços como edição, design de capas, layout e distribuição em formato digital ou impresso, tudo com foco em eficiência e custos reduzidos. Entenda em detalhes como a inteligência artificial está remodelando o mercado editorial e quais são os impactos dessa tecnologia para autores e leitores.
Uma startup chamada Spines está utilizando inteligência artificial para agilizar e simplificar o processo de publicação de livros, oferecendo uma solução rápida e acessível para autores independentes.
Fundada por Yehuda Niv, a Spines promete reduzir o tempo de publicação de um livro de 6-18 meses para apenas 2-3 semanas.
Desde seu lançamento em 2021, a empresa afirma ter publicado mais de 1.700 livros e está experimentando um crescimento de receita de 1.000%.
Spines é uma plataforma de auto-publicação que utiliza inteligência artificial para assumir as funções tradicionais de uma editora.
O serviço inclui edição de textos, sugestões de melhorias, projeções de público-alvo, opções de design de capa e layout, além de distribuição em formatos de e-book e impressão sob demanda.
Impressão sob demanda é um modelo em que os livros são impressos apenas quando há um pedido, eliminando a necessidade de grandes tiragens e estoque.
A proposta da Spines é tornar o processo de publicação mais eficiente e menos custoso para os autores.
Enquanto o processo tradicional pode levar mais de um ano, a Spines promete concluir todo o trabalho em menos de um mês.
Os pacotes de produção da Spines variam de US$ 1.200 a US$ 5.000, dependendo dos serviços solicitados pelo autor.
Há também uma taxa de distribuição mensal, que varia de US$ 19 a US$ 49, conforme os canais de distribuição escolhidos.
Os royalties são divididos em 70% para o autor e 30% para a Spines, uma porcentagem significativamente maior do que a média de 10% a 20% oferecida por editoras tradicionais.
Yehuda Niv, CEO e cofundador da Spines, teve a ideia após enfrentar dificuldades para publicar seu próprio manuscrito enquanto era estudante de engenharia elétrica na Universidade Ben-Gurion, em Israel.
Decidiu então fundar sua própria editora, a Niv Books, que chegou a publicar 1.200 títulos anualmente.
Com o avanço da inteligência artificial, Niv viu a oportunidade de automatizar ainda mais o processo e fundou a Spines.
A utilização de inteligência artificial no processo editorial levanta questões sobre a qualidade e originalidade das obras publicadas.
Enquanto a Spines acelera o processo e reduz custos, há debates sobre o papel humano na curadoria e edição de conteúdos literários.
Embora a eficiência seja um ponto positivo, é crucial considerar se a automatização não compromete a profundidade e o rigor que uma equipe editorial humana pode oferecer.
A literatura não é apenas sobre velocidade e volume, mas também sobre qualidade e impacto cultural.
Um dos livros publicados pela Spines é a autobiografia de Fleece Johnson, um ex-presidiário que se tornou uma figura cult nos Estados Unidos.
Histórias como a dele mostram o potencial da plataforma em dar voz a narrativas que, de outra forma, poderiam não encontrar espaço no mercado tradicional.
A Spines não revela quais tecnologias de inteligência artificial utiliza, referindo-se a elas como seu “molho secreto”.
Apesar das dúvidas, a empresa atraiu investimentos significativos, incluindo uma rodada de financiamento Série A de US$ 16 milhões liderada pela Zeev Ventures.
Oren Zeev, fundador da Zeev Ventures, vê na Spines um potencial transformador semelhante ao que identificou na Audible em 2003, antes de ser adquirida pela Amazon.
A entrada da Spines no mercado editorial é um sinal dos tempos, mostrando como a inteligência artificial está remodelando indústrias tradicionais.
Com a proposta de agilizar e democratizar o processo de publicação de livros, a startup Spines utiliza inteligência artificial para oferecer serviços completos de editoração em tempo recorde.