Startup brasileira recebe aporte de US$ 4,3M para substituir profissionais da saúde por agentes de IA

A Carecode está aplicando IA em processos administrativos do setor de saúde, reduzindo custos de call centers e folgas na agenda de consultas. Ela atraiu investimentos de peso, valendo-se da experiência prévia de seus fundadores e de um modelo vertical que explora necessidades específicas de clínicas e hospitais no Brasil. O uso do WhatsApp como canal principal reforça a aderência ao público brasileiro, e a empresa já demonstra resultados que indicam redução de despesas operacionais e maior eficiência.

Investimentos de US$ 4,3 milhões, participação de a16z e QED no cap table e uma meta objetiva:

Reduzir custos e otimizar processos na área de saúde com o uso de agentes de inteligência artificial.

Esse é o cenário da Carecode, startup brasileira que está colocando a IA para atuar em tarefas como agendamento de consultas, confirmações e outros processos que costumam ser feitos por call centers.

A empresa entrou em operação contando com a experiência de seu CEO, Thomaz Srougi, que fundou a Dr. Consulta e permanece como chairman desse negócio que já levantou US$ 168 milhões.

Além de Srougi, o cofundador Pedro Magalhães soma passagens como CTO em startups, entre elas a Zé Delivery.

Juntos, eles estão de olho em funções que acontecem antes e depois da consulta médica, etapa em que boa parte das empresas gasta cerca de 50% de sua receita com call centers e equipes administrativas, somando mais de US$ 100 bilhões ao ano no Brasil.

O principal diferencial da Carecode é a abordagem verticalizada, com foco específico no setor de saúde, algo que a própria QED aponta como vantagem frente a soluções mais abrangentes.

A startup se destaca ao integrar o atendimento via WhatsApp, tanto em texto quanto em áudio, o que se adequa aos hábitos de grande parte da população, especialmente pessoas mais velhas ou de baixa renda que preferem enviar áudios.

A empresa relata resultados iniciais positivos, demonstrando que os agentes de IA podem assumir boa parte das rotinas de call center por uma fração do custo, e ainda resolver lacunas na agenda ao ocupar horários cancelados.

Mesmo em um período de “startup winter” na América Latina, o histórico dos fundadores e o apoio de parceiros como a16z ajudaram a viabilizar o aporte.

A perspectiva é aproveitar a solidez no setor de saúde e, no futuro, expandir para áreas como seguros ou pagamentos, sempre mantendo o foco em tarefas que podem ser otimizadas pela IA.

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